domingo, 21 de julho de 2013

Saiba como funciona o PRISM, a nova ameaça à privacidade na internet

Programa de vigilância do governo americano foi revelado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden

Se você ainda acredita que espionagem é coisa de filme de Hollywood, é hora de acabar com tanta ingenuidade. Afinal, nada garante que sua vida não esteja sendo bisbilhotada neste exato momento. O assunto é pra lá de polêmico e veio à tona recentemente quando o presidente Barack Obama assumiu a espionagem de chamadas telefônicas de cidadãos comuns pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos e também confirmou a existência do “PRISM”, um programa de monitoramento que permite vigiar comunicações digitais de grandes provedores da internet.

A existência do “PRISM” foi revelada por Edward Snowden, um ex-agente da CIA. E assim que os detalhes do programa foram revelados, grandes empresas da internet como Google, Facebook, Microsoft, Apple e Yahoo correram para negar conhecimento das solicitações de cooperação com o governo norte-americano e, consequentemente, abertura de seus servidores. De acordo com o documento publicado pelo jornal britânico “The Guardian”, o rastreamento de conversas, áudios, vídeos, fotografias e e-mails serviu de fonte para mais de mil documentos só no ano passado.

O governo dos Estados Unidos alega que toda espionagem é feita em nome da segurança nacional, principalmente pra prevenção de atos hostis, como o terrorismo. Indo direto ao ponto, podemos afirmar que praticamente tudo o que qualquer pessoa faz na internet pode ser gravado ou controlado em algum lugar do mundo.

"Agora com os serviços de correio e nuvem, suas informações ficam armazenadas em algum lugar do mundo. O primeiro ponto é saber se o lugar onde você está 'morando' e armazenando suas informações é eticamente adequado e se ele abre as portas para quem queira bisbilhotar. Esperamos que isso não seja verdade, que as empresas se comportem eticamente, mas sempre existe a possibilidade de que o hospedeiro ceda à pressão de governos e outras entidades, de forma que os dados acabem sendo expostos", avisa Demi Getschko, presidente do NIC.br
E quem disse que nós brasileiros estamos imunes a esse tipo de controle? Ainda que não haja nada concreto, praticamente toda internet do país também seria passível de controle. Isso porque grande parte da comunicação brasileira na web passa diretamente por grandes “nós de distribuição” nos Estados Unidos; ou seja, também está sujeita a vigilância. A verdade é que boa parte da infraestrutura e serviços da internet de todo o mundo depende de empresas norte-americanas; assim é inevitável que quase toda a rede possa ser espionada.

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