sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Psicopata que enforcou e matou homossexual com coleira de cachorro confessa ter matado quatro pessoas em Caratinga

FOTO: DIÁRIO DO VALE / DIVULGAÇÃO
Homem contou aos policiais que começou a matar aos 12 anos de idade.
Um psicopata mineiro foi preso em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, depois de ter matado um  homossexual enforcado com a coleira de um cachorro. O pedreiro, de 23 anos, contou aos policiais que começou a matar aos 12 anos e que já teria assassinado outras quatro pessoas em Caratinga, no Vale do Rio Doce.
De acordo com o delegado titular da 93ª Delegacia de Polícia de Volta Redonda, Antonio Furtado, o homem é natural de Belo Horizonte, mas morava em Volta Redonda há alguns anos. O  crime cometido por ele no Estado do Rio de Janeiro, segundo o delegado, ocorreu no dia 7 de outubro, terminou com a morte cruel de um homossexual que era atendente do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) de Volta Redonda, de 37 anos. 
"O pedreiro contou que estava passeando com o cachorro dele pelo bairro São João, quando um homossexual o abordou, por mais de uma vez, pedindo para que ele  fizesse relações sexuais. O homem disse que ficou aborrecido com a insistência do homossexual e acabou chamando-o para um terreno baldio", contou o delegado  Furtado. 
Já no terreno baldio, o homem pediu para que o homossexual ficasse de costas e tirasse a  calça. Em seguida, fez um laço com a coleira do cachorro e enforcou o atendente até a morte, conforme contou o homem ao delegado.  
O modo frio e sereno com que o homem relatou o homicídio impressionou até mesmo o delegado.  "Ficou claro que ele não é uma pessoa normal. O médico legista Márcio Braga constatou, a partir de um exame psiquiátrico que o pedreiro tem personalidade de um psicopata", disse o delegado que solicitou a prisão preventiva do homem. Antonio Furtado acredita que ele oferece risco às pessoas, se responder em liberdade. A pena prevista para o tipo de crime cometido é de 30 anos de prisão. 
Para Furtado, o fato de ele ter matado o homem apenas porque o homossexual queria ter relações sexuais com ele é um motivo fútil, além disso, o pedreiro agiu com crueldade e dissimulação. "Ele disse ao homossexual que topava fazer sexo, depois mandou o homem ficar de costas e o enforcou, ou  seja,  usou um meio cruel para matar e ainda dissimulou que iria ter as relações quando sugeriu que o outro ficasse de costas", explicou o delegado Furtado. A reconstituição do crime foi feita no dia 20 de outubro e as imagens foram anexadas ao inquérito. 
Quando o delegado assumiu as investigações do homicídio e suspeito foi preso, no dia 12 de outubro, o homem contou aos policiais que faziam o transporte dele até a Casa de Custódia do Roma - onde ele está preso - que não era a primeira vez que ele matava. 
"Ele contou aos policiais que começou a matar aos 12 anos, quando ia passar férias na casa dos avós em Caratinga. Segundo ele, aos 18 anos ele cometeu um outro homicídio, no Carnaval", disse o delegado Furtado.  Embora tenha afirmado ter matado quatro pessoas, o homem só deu detalhes sobre este caso ocorrido no Carnaval, entre 2005 e 2006. De acordo com o relato dele aos policiais, ele estava em uma festa na rua da cidade quando percebeu que um homem alto e forte o olhava.
O suspeito não teria gostado do jeito que o homem olhava para ele e armou uma emboscada para matá-lo. "Ele contou que atraiu a vítima para uma ponte, mas como o homem era muito alto e forte teve que agir pelas costas. E, então, matou o homem com vários golpes de machado", contou o delegado. 
O inquérito sobre o homicídio do atendente do Ciosp já foi concluído. O delegado Antonio Furtado solicitou que a delegacia de Caratinga apure homicídios com autoria não identificada ocorridos entre 2005 e 2006, além de outros assassinatos que possam terem sido executados pelo pedreiro.
A reportagem de OTempoOnline entrou em contato com a delegacia de Caratinga que não soube informar se recebeu a solicitação do delegado de Volta Redonda e nem mesmo se estava apurando alguma denúncia que envolvesse o pedreiro preso no Rio de Janeiro. 
 

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