terça-feira, 29 de novembro de 2011

“Klaus e a chave tetra” - Texto de Felipe Moratori vence o 3º Festival de Cenas Curtas


O esquete “Klaus e a chave tetra” venceu o 3º Festival de Cenas Curtas de Juiz de Fora, cuja final aconteceu no último sábado, 26, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM). A competição cultural, promovida pela Prefeitura de Juiz de Fora, através da Funalfa, reuniu em torno de 800 pessoas, em três eliminatórias, nos últimos dias 5, 12 e 19, além da final de sábado.

Com texto de Felipe Moratori e direção de Tom Bryner, que também se revezaram no elenco, a cena “Klaus e a chave tetra” (foto, à esquerda) conquistou o público e os jurados contando a frágil relação entre Klaus e seu pai. O principal objeto do conflito familiar é a chave da porta da frente. Enquanto o pai está fora, Klaus se tranca dentro da casa e desenha um perigoso universo particular, com o giz de um diabo que descobre em seu guarda-roupa. A equipe, que contou ainda com Kiara Luz (iluminação e sonoplastia) e Vinícius Costa (contrarregragem), recebeu troféu e prêmio de R$ 5 mil reais.

“Como descascar cebolas sem chorar” (foto, centro) foi a cena classificada em segundo lugar no festival, recebendo troféu e R$ 3 mil. O esquete contou a história de uma mulher dramática, ambígua e intensa, que dá uma aula sobre cebolas, sua origem, seu uso e as aplicações mais comuns. Ela vai ensinando como cortar uma cebola e se emociona com isso, até que percebemos que a cebola e suas camadas funcionam como uma metáfora das angústias e da vida dessa mulher. Tairone Vale assina texto e direção. No elenco, Lívia Gomes. Já a produção ficou por conta de Ana Loureiro e a trilha sonora, de Felipe Tavares.

A delicada história de um homem cheio de conflitos, ideais e reflexões, que teve encerrado um casamento de três anos com um rapaz que morreu tragicamente em um acidente de carro é o mote do esquete “Cartas de amor ao próximo” (foto, à direita). A cena classificada em terceiro lugar no Festival de Cenas Curtas, recebeu troféu e R$ 1 mil. A história aborda a relação entre os dois e o rompimento brusco, que leva o jovem a pensamentos que até então não havia se permitido ter. Passa a olhar verdadeiramente para dentro de si e decide se matar. Se o amor estava morto, então para que todo o resto? O drama tem texto de Breno Motta, que também está no elenco e na seleção musical, e direção de cena de Tascia Souza. Breno Motta e Tiago Vitor criaram o cenário e o desenho de luz. Tiago Vitor fecha a ficha técnica, responsável pela operação de vídeo.


O Prêmio Destaque do 3º Festival de Cenas Curtas, no valor de R$ 1 mil, foi concedido pelo júri ao esquete “Pandora e Panacéia”, pela ousadia e experimentação dos recursos técnicos e cênicos.

O Festival de Cenas Curtas tem como objetivos promover a atividade teatral no município, incrementar o intercâmbio entre grupos e artistas da cidade, destacar e divulgar novos talentos, valorizar as artes cênicas, estimular novas formas de dramaturgia, encenação e produção, além de impulsionar as manifestações culturais na cidade.

Na edição 2011, o Festival de Cenas Curtas de Juiz de Fora, realizado anualmente, aceitou somente textos e encenação inéditos, com o tempo mínimo de cinco minutos e máximo de 15 minutos. A competição é direcionada a artistas, grupos e companhias de Juiz de Fora, amadores ou profissionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário