sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Depressão está ligada à pouca formação de novos neurônios

A perda de células relaciona tensão e comportamentos depressivo

FOTO: AYLEENE DE MONN / STOCKXPERT
Maturidade. Nos adultos, a taxa de formação de novos neurônios é baixa, o que aumenta o estresse e a depressão
Bethesda, EUA. Existe uma relação entre a capacidade de formar novos neurônios na vida adulta e a depressão. Novo estudo realizado por Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos descobriu que ao bloquear a criação dos novos neurônios na região do cérebro chamada de hipocampo, os camundongos adultos passaram a apresentar sintomas de depressão.

Heather Cameron, principal pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIHM), explica que estudos prévios de Ron Duman já propunham uma ligação entre a criação de novos neurônios na idade adulta e a depressão, baseando-se em outra descoberta - a de que os medicamentos antidepressivos aumentavam o surgimento de novos neurônios.

Essa relação foi reforçada por outro estudo do pesquisador Rene Hen. Ele mostrou que os efeitos comportamentais dos antidepressivos não estavam presentes em camundongos que não tinham a formação de novos neurônios. Para Heather, isso indica que os novos neurônios têm papel no tratamento da depressão e, não, na causa dela.

Publicado anteontem no periódico científico "Nature", o trabalho mostra que os neurônios jovens amortecem as respostas ao estresse. Ao perder as células cerebrais, os camundongos passaram a responder mais fortemente ao estímulo, liberando mais hormônios relacionados ao estresse e aumentando o comportamento depressivo.

"É sabido que o estresse aumenta este tipo de comportamento em animais e predispõe humanos à depressão, mas não era sabido que os neurônios novos no hipocampo estavam relacionados a essas respostas", explicou Heather.

Fonte

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