quarta-feira, 8 de julho de 2015

Retorno de voos regulares no aeroporto da Serrinha é cobrado em audiência pública

O Aeroporto Francisco Álvares de Assis, conhecido como Serrinha, está com as operações comerciais suspensas desde abril de 2014. Durante audiência Pública nesta terça-feira (07), o autor da solicitação, Roberto Cupolillo (Betão-PT), disse que o aeroporto é um patrimônio do município e assim deve ser tratado pelos vereadores. “Precisamos fiscalizar e zelar por ele. O equipamento deve atender a população e Juiz de Fora.” 

O tom da fala de Alexandre Hill Maestrini, do Grupo Pró-Aeroporto da Serrinha, foi de conciliação ao conclamar a união do Legislativo com o Executivo, com a imprensa e com a população pela retomada dos voos comerciais. Hill deixou claro que o aeroporto é seguro e necessário para a mobilidade regional. “No momento vemos empresários sem conexão aérea e o desenvolvimento de Juiz de Fora comprometido”, alertou

O representante do Grupo fez questão de derrubar mitos como o de que o aeroporto fica muito fechado em função de condições climáticas. O índice de cancelamento não passa de 4,49%, considerado baixo. Hill observou que o Serrinha foi incluído no plano de regime especial da Copa do Mundo e está convencido de que também será nas Olimpíadas, o que demonstra a sua importância estratégica.

O Instituto Ação Urbana ressaltou, por meio de Eduardo Lucas, a importância do equipamento para a mobilidade urbana, o desenvolvimento turístico e cultural da cidade e como facilitador na aproximação de empresários. Segundo ele, há estudos que podem promover melhorias, como extensão de 300 metros na pista.

O turismo de negócios foi enfocado no pronunciamento de Rogério Barros, do Sindicato dos Hotéis. O empresário lembrou que a Associação Brasileira de Feiras e Eventos considera municípios com aeroportos a menos de 30 quilômetros do Centro atraentes, característica de Juiz de Fora.

O operador do Ministério Público, Thiago Pires de Oliveira, adiantou que o promotor do Patrimônio, Plínio Lacerda, instaurou Inquérito Civil Público para equacionar o problema. Oliveira revelou a existência do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional do Governo federal que selecionou 270 aeroportos para receber investimentos. O da Serrinha está na 23ª colocação, o que revela o potencial que possui. O promotor ratificou o depoimento.

Em nome do deputado Wadson Ribeiro, Fernando Eleotéreo manifestou total apoio para que o aeroporto retome as atividades da aviação comercial o mais breve possível. O parlamentar, que integra a Comissão de Transporte da Câmara Federal, tem na próxima sexta-feira reunião com o promotor Plínio Lacerda para tratar da questão.

Prefeitura sustenta que há investimentos

O secretário de Transportes, Rodrigo Tortoriello, informou que a capacidade de pouso por instrumentos está sendo dobrada no aeroporto da Serrinha e adiantou que um caminhão de proteção a incêndio foi destinado ao local. Adiantou ainda que a Prefeitura fez inúmeros contatos com a Passaredo e não obteve retorno e que no próximo dia 13 será feita uma visita a Flyways Linhas Aéreas.

O Aeroporto de Jundiaí, apontado como o maior e melhor em aviação executiva, foi visitado pela Prefeitura. O secretário de Desenvolvimento, André Zucchi, é a favor da adoção do modelo pela cidade. Ele fala na integração do Serrinha com o Itamar Franco para que funcionem juntos.

Vereadores apostam na integração dos dois equipamentos

Julio Gasparette (PMDB) aposta nessa possibilidade e sugeriu mais uma audiência pública para pronunciamento das empresas da aviação. Betão é por uma ampla mobilização que envolva ainda a Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal, os parlamentares eleitos pela região e, em seguida, as empresas.

José Emanuel (PSC) disse que o acesso ao aeroporto de Jundiaí é modelo, enquanto o da Serrinha passa por depreciação, com pontos de acúmulo de entulhos na Rua Sete, responsável pela interligação com a Cidade Alta. Dessa forma, pede mais atenção para a área.

Nenhum comentário:

Postar um comentário