terça-feira, 19 de março de 2013

Trote com teor racista causa indignação na internet e abre investigaçãona UFMG

Fotos do trote realizado na sexta-feira (15) por estudantes da faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) têm gerado polêmica das redes sociais. As imagens, consideradas racistas, têm causado indignação entre estudantes, da instituição inclusive.

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Em uma das fotos, uma caloura pintada de preto aparece acorrentada junto a uma placa com a inscrição "caloura Chica da Silva". Em outra imagem, três estudantes, um deles com um bigode semelhante ao do ditador Adolf Hitler, fazem saudações nazistas ao lado de um calouro preso a uma pilastra com fita adesiva.

No Facebook, um evento convocado pela Assembleia Nacional dos Estudantes (Anel) e pelo o Movimento Mulheres em Luta (MML) convida estudantes, entidades e coletivos da UFMG para uma reunião que vai discutir ações contra o trote racista e machista ocorrido na Faculdade de Direito. "É inaceitável que na Universidade práticas machistas, racistas homofóbicas não sejam combatidas", afirmam na descrição do evento, programado para esta segunda-feira.

No final da tarde desta segunda, a assessoria de comunicação da UFMG divulgou uma nota oficial assinada por Clélio Campolina Diniz, reitor da universidade, e Rocksane de Carvalho Norton, vice-reitora da instituição. No documento, afirmam que a direção da universidade "repudia quaisquer atos de violência, opressão, constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da comunidade universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados 'trotes' aplicados aos novos estudantes."

A nota diz também que a instituição é "veementemente contrária" ao ocorrido na Faculdade de Direito e que já iniciou procedimentos cabíveis para apuração dos fatos e punição dos envolvidos.


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