terça-feira, 5 de março de 2013

Greve dos trabalhadores do transporte rodoviário causa transtornos em Juiz de Fora

MEGAMINAS



Desde a meia noite desta terça-feira (5), os ônibus coletivos de Juiz de Fora estão guardados nas garagens. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sinttro) decidiu, na noite de segunda-feira (4), entrar em greve.
Zona Sul
O operador de máquina Fabrício Goes não sabia da greve. Chegou ao ponto às 04h50. Uma hora depois, continuava esperando o ônibus, que geralmente chega em dez minutos.

Quem arriscou ir aos pontos, teve que ter paciência.

A lei garante que 30% da frota continue funcionando, mas a pista central da Avenida Rio Branco estava deserta às 06h, horário que muitas pessoas saem para o serviço e para a escola.

A pista virou ciclovia. Depois de trabalhar durante a madrugada, o porteiro Reginaldo da Costa não conseguia voltar pra casa.

Nos bairros da região sul, muitas pessoas iam a pé para o trabalho. Alguns com disposição para uma grande caminhada, como no Santa Luzia.

No bairro Ipiranga, mesmo cenário. Sem transporte coletivo, todo mundo a pé.

No Teixeiras, a falta de informação fez com que os pontos ficassem cheios e, depois de muita espera, alguns desistiram.

Muitos pontos de táxi estavam vazios, já que a procura aumentou. Os que chegavam, rapidamente pegavam passageiros. Enquanto isso, na sede de uma das empresas, os ônibus ficaram no pátio. Na porta, cerca de 50 funcionários parados. Próximo à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), trânsito bem confuso. Os estudantes que foram a pé ao campus chegaram cansados.

Zona Norte

Na zona norte, muita gente nos pontos, à espera de ônibus. Gente que não sabia da greve.

Ponto de ônibus vazio, e os veículos de transporte público que deveriam estar circulando pelas ruas da cidade na garagem.

Longe da garagem da empresa de ônibus, muitos aguardavam nos pontos, a espera de uma solução.

Passos apressados para os que tiveram que ir a pé para o trabalho.

O zelador Geraldo Magela terá que trabalhar no fim de semana para compensar a falta desta terça-feira (5).

Por outro lado, dia de lucro à mais para os taxistas, e movimento grande de bicicletas nas vias.

Para que a padaria abrisse a tempo, o funcionário Rodrigo Alivo teve que tirar o carro da garagem.

Em outro estabelecimento, a proprietária Jaine Alves teve que remanejar a escala dos funcionários.

Com a falta de transporte coletivo, a consequência foi o aumento no fluxo de veículos particulares. Com mais carros, o engarrafamento foi inevitável, em alguns pontos da região norte. Cena que também se repetiu na região nordeste da cidade.
Centro
O trânsito na Avenida Rio Branco era lento, próximo ao mergulhão, por volta de 08h30. Nas duas pistas, muitos veículos, principalmente em direção ao centro da cidade. Quem não tinha a opção de seguir de carro para o trabalho foi a pé. Resultado: movimento ainda maior nas calçadas.

Ir de táxi com os amigos também foi uma das soluções para chegar a tempo aos compromissos. Porém, quem preferiu este meio de transporte precisou ter paciência: parece que muitas pessoas tiveram a mesma ideia e, por isso, encontrar um táxi livre no centro foi complicado.

Pista central sem movimento, a não ser carros da polícia e fiscalização, além de quem resolveu ir a pé pela rua mesmo. Durante a manhã, a Avenida Getúlio Vargas estava tranquila para carros. E no ponto de ônibus, ninguém quis arriscar esperar.
A Assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) informou que à partir das 12h a pista central da Avenida Rio Branco será aberta para táxis. Os veículos poderão recolher passageiros para embarque e desembarque. Informou ainda que a sinalização deve ser respeitada e que agentes de trânsito estarão no local fiscalizando.

O Ministério Público do Trabalho informou que o promotor foi convidado para uma reunião de mediação entre Sindicato dos Trabalhadores e Astransp. O encontro está marcado para quarta-feia (6), às 15h30, no Ministério do Trabalho. A Astransp confirma a reunião. Já o Sinttro diz que não foi convidado para o encontro. O Sindicato informou, ainda, que a greve está mantida por tempo indeterminado.
Os trabalhadores do setor reivindicam um aumento de 28,4% para os motoristas e 54,09% para os cobradores. Já a Astransp, associação que representa as empresas de ônibus, oferece aumento de 6,63%.

Sobre a falta de ônibus durante toda a manhã nas ruas de Juiz de Fora, o presidente do sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo, Adílson Rezende, disse que a categoria se recusou a sair das garagens. Segundo ele, durante as assembleias, os trabalhadores foram informados que deveriam respeitar a legislação e manter 30% dos veículos em circulação, e que a adesão ao movimento é de 100%.

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