A Avenida Rio Branco, uma das principais vias da cidade, está sendo remodelada sem obras de acessibilidade. O alerta foi feito nesta terça-feira (27/03) por Maria Ângela Vasconcelos e Maria Valéria de Andrade, usuárias de cadeiras de rodas, que denunciaram o descaso do poder público com os deficientes físicos na Tribuna Livre na Câmara Municipal. O vice-presidente Julio Gasparette (PMDB) acionou a Comissão de Direitos Humanos, integrada pelos vereadores Flávio Cheker (PT), Francisco Canalli (PMDB), Dr. José Tarcísio (PTC) e Rodrigo Mattos (PSDB), para que oficialize à Mesa Diretora pedido de Audiência Pública urgente, na qual serão feitas cobranças a todas as secretarias municipais.
Maria Valéria apresentou fotos de traffic calmig sem rampa de acesso aos passeios, assim como passeios esburacados. “Estão nos excluindo cada vez mais”, disse, reivindicando a regulamentação da lei 10.410 de acessibilidade e a fiscalização do Executivo, sem afastar a possibilidade de recorrer ao Ministério Público.
Diversos vereadores usaram a palavra em apoio aos deficientes. José Sóter de Figueirôa (PMDB) destacou que a lei é um instrumento jurídico que permite ações e se manifestou a favor do acionamento do Ministério Público.
Flávio Cheker foi a favor da convocação de Audiência Pública pela Câmara com a presença dos técnicos e responsáveis da Prefeitura. “Estamos diante de equipamento urbano novo não adaptado”, observou.
Tão grave quanto o descaso foi considerada pelo vereador a informação de que o Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência interrompeu as atividades, principalmente em função da falta de participação dos representantes dos vários órgãos do Poder Público. Cheker entende que o assunto também deve ser tratado na Audiência Pública. No momento encontra-se em funcionamento uma comissão com as duas ocupantes da Tribuna Livre.
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