Ex-diretor do Dnit afirma apoiar CPI dos Transportes

Ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutrura de Transportes), Luiz Antonio Pagot defendeu na quarta-feira (3) a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar acusações de irregularidade no órgão, informa reportagem de Catia Seabra, Gabriela Guerreiro, Natuza Nery e Maria Clara Cabral publicada na Folha desta quinta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Dizendo que prestaria esclarecimentos à CPI, Pagot afirmou que essa seria uma forma de "passar a limpo" as acusações no setor.
"Sou defensor número um da CPI do Dnit. Até para passar a limpo, ter uma certidão negativa, ou para ser apenado. Tem alguma coisa contra o Pagot? Digam o que têm, e vou me defender nas instâncias que houver."

	Lula Marques - 13.jul.2011/Folhapress
	Luiz Antônio Pagot em depoimento no Congresso

Sem o apoio de mínimo 27 senadores, no entanto, o pedido de criação da CPI para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes foi devolvido à oposição na quarta-feira pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Pagot pediu demissão em julho, após cancelar suas férias --que iriam até esta quinta-feira (4).
O Dnit e o Ministério dos Transportes é alvo de suspeitas de corrupção após reportagem da revista "Veja", no dia 2 de julho, revelar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta. Pagot foi um dos citados na reportagem.
Em depoimento no Senado e na Câmara no mês passado, o ex-diretor negou a existência de esquema de propinas na pasta.



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