Em seguida, a dupla passou a fazer ligações de celular para uma pessoa, dizendo que "estariam no local marcado em pouco tempo". Conforme relatou a PM, de posse do carro, a dupla seguiu para o Bairro Humaitá, também na Zona Norte, passando pela BR-040 e por estradas vicinais como forma de acessar o bairro sem chamar a atenção. As vítimas foram deixadas em um trecho de estrada de chão entre a BR-267 e Humaitá. Os bandidos fugiram, levando o Fiesta e os celulares dos ocupantes do carro. As vítimas caminharam cerca de 30 minutos até chegar a uma residência, onde fizeram contato com o pai de uma delas, que foi com as mesmas até um posto da PM. A proprietária do automóvel ainda afirmou que o carro não tem seguro e estava com o tanque de combustível cheio. Apesar de toda a tensão, os passageiros do Fiesta saíram ilesos. A polícia empreendeu rastreamento, mas nem veículo e nem suspeitos foram localizados.
Na semana passada, a Tribuna publicou uma ocorrência com características semelhantes à de ontem. Na ocasião, um casal viveu momentos de tensão ao ficar refém de dois bandidos armados que roubaram o seu carro, em Benfica. O vendedor, 27, e sua namorada, uma estudante, 16, conversavam no interior de um Gol, parado na Avenida JK, quando foram surpreendidos por dois criminosos com revólveres. A dupla anunciou o assalto e entrou no veículo, determinando que o homem conduzisse o carro até o Náutico. Após dar voltas, o grupo teria chegado a uma estrada vicinal que dá acesso ao município de Coronel Pacheco. No local, os assaltantes determinaram que as vítimas caminhassem sem olhar para trás e seguiram no Gol, levando, ainda, R$ 70.
Para o assessor de comunicação organizacional do 27 Batalhão da PM, capitão Paulo Alex Moreira, está descartada a possibilidade de existência de um grupo especializado nesta modalidade de delito em Juiz de Fora. Ele assegura que a corporação tem viaturas com sua atenção voltada para este tipo de crime e com realizações de abordagens nas proximidades de semáforos. Como medida de segurança, ele afirma que motoristas, não só no período noturno, devem ficar em alerta ao que está ao redor. "É preciso fazer a leitura do ambiente antes de parar e verificar se existe movimentação suspeita."
Roubo pode ter ligação com homicídio
De acordo com o delegado Rodolfo Rolli, titular da 3ª Delegacia Distrital de Polícia Civil, o roubo do Fiesta, na noite de quarta-feira, pode ter ligações com o homicídio do jovem Diego Campos da Silva, 21, registrado duas horas antes, no Bairro São Damião, na região de Santa Cruz. A vítima foi encontrada morta pela PM com, pelo menos, cinco tiros na Rua Michel Bechara. O suspeito do crime foi identificado como sendo um rapaz de 19 anos, que foi preso pela PM durante a madrugada de ontem no Terreirão do Samba, no Centro, baleado na perna. Conforme os militares, o suspeito foi reconhecido pela mãe de Diego, que acompanhou a sua prisão. Ela contou que o rapaz, há uma semana, esteve em sua residência e teria feito ameaças de morte a seu filho devido a uma dívida de tráfico de drogas. Entretanto, o suspeito não confessou o crime e disse que foi baleado por pessoas do Bairro Santa Rita. Ele teve o flagrante ratificado e ficou internado sob escolta policial no Hospital de Pronto Socorro (HPS). A arma utilizada para os disparos não foi encontrada. A PM ainda identificou mais três homens, de 18, 19 e 27 anos, que estariam envolvidos na morte de Diego. O caso será investigado pela 3ª Delegacia Distrital, que irá apurar se o homicídio tem ligação com o roubo do Fiesta, uma vez que os dois crimes ocorreram na mesma região. Além disso, aponta Rolli, os suspeitos do assalto chegaram a fazer contato telefônico, alegando que estariam, em pouco tempo, no local marcado. "Vamos instaurar um inquérito e verificar a relação dos crimes", afirma o delegado, ressaltando que roubo de carro à mão armada não é comum em Juiz de Fora. "Geralmente o que acontece é furto de veículo mediante o uso de chave falsa. Além do mais, na Avenida Juscelino Kubitschek, no horário em que o roubo aconteceu, é muito movimentado. O que pode levar a crer que os assaltantes poderiam estar em fuga", conclui Rolli.Fonte- Tribuna de Minas
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