Funcionários da rede estadual de saúde de MG fazem paralisação

Enfermeiros, auxiliares técnicos e fonoaudiólogos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fazem paralisação nesta quarta-feira (27) e trabalham em escala mínima em todo o estado. A informação é da assessoria da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg). Os médicos da rede trabalham normalmente. Ainda de acordo com a assessoria, a paralisação é um protesto contra demissões de funcionários contratados pela Fhemig. A associação reclama de uma lei aprovada em 2009, que determinou que funcionários contratados diretamente pela fundação fossem substituídos por concursados. “Tem gente com mais de 20 anos de casa. Eles vão ser mandados embora sem direito a nada, nem indenização”, diz a assessora da Asthemg, Marcela Frattezi. Ainda de acordo com a assessoria, a categoria quer fazer um acordo com o governo para que estas pessoas recebam uma indenização.

Segundo a assessoria, a Fhemig estima que 2.200 funcionários sejam demitidos. "O sistema de saúde pode entrar em colapso porque os concursados não estão preenchendo a demanda", completa Marcela Frattezi. Cerca de 200 trabalhadores participam de assembleia na tarde desta quarta-feira (27), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para definir se a greve continua.

Negociações
A assessoria da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag), responsável pelas negociações com a categoria, diz que o governo não está demitindo os funcionários da Fhemig. Segundo o órgão, os trabalhadores foram contratados há dois anos e estão sendo substituídos por funcionários concursados que foram nomeados para assumir os cargos. A substituição foi definida pela Lei 18.185/2009, aprovada pela ALMG, por determinação do Ministério Público Estadual (MPE). Ainda de acordo com a secretaria, no momento do contrato e da publicação da lei, os funcionários foram avisados sobre a substituição.
A Seplag informou ainda que o governo vai se posicionar com relação às reivindicações em uma reunião marcada para às 11h desta quinta-feira (28), na Secretaria de Saúde.
De acordo com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), a adesão dos enfermeiros, auxiliares técnicos e fonoaudiólogos não foi significativa e não prejudica o atendimento médico nas 22 unidades de saúde gerenciadas pela Fhemig no estado.

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